A sociedade como espetáculo

 

   Na aula 6 no dia 08/07/2021, o livro escolhido para o debate foi, A sociedade do espetáculo, obra do Guy Debord, escritor, marxista e francês, esse livro é um dos trabalhos mais conhecidos do autor, onde ele traz um mundo após a revolução industrial, em processo de globalização e traz a lógica da espetacularização da vida, que seria a necessidade de transformar em espetáculo todos os aspectos e particularidades da vida social individual ou coletiva, onde a imagem, a mídia começa a ser um instrumento de controle da sociedade. O autor traz esse assunto em medos dos anos 1960 a 1970 em um contexto onde o capitalismo já estava bem desenvolvido, e a dominação midiática também começava a ficar mais intensa, pois na década de 60 já não havia mais aquele controle totalitário diante a sociedade vistos nas grandes guerras globais, com isso a comunicação era muito mais fluida. Então segundo o autor um dos elementos que impulsionou tudo isso foi a Industria cultural, que é um modo de produção capitalista, onde a cultura de enriquecimento cultural, intelectual e espiritual, é convertida em uma mera mercadoria, tendo uma relação fiel ao mercado, a exemplo o cinema que existe o entretenimento a partir de imagem, como mercadoria sendo vendida para os espectadores, e manipulando os mesmos, na década de 60 por exemplo o índice de fumantes cresceu muito por conta da mídia que passava para os espectadores como uma adereço de classe.

   Então o autor insiste na ideia de que a sociedade atual está vivendo uma nova era a era da modernização e das tecnologias onde a imagem determina a realidade, ou seja, uma era de dominação das pessoas, então o espetáculo descrito por Debord seria a utilização de recursos áudio visuais para esse controle, isso na época que ele escreveu, atualmente ainda existe a internet onde a pessoa passa de espectador, e agora vive dedicado ao mundo virtual, ficando ainda mais vulnerável ao controle. Debord tinha o conhecimento desse assunto porque além de escritor ele também era cineasta e estava inserido e vendo de perto a cultura mudar a tal modo que haveria uma perda futura do contato pessoal na sociedade. O autor chama atenção sobre a inversão de valores, onde trocamos a essência pessoal pela aparência midiática ou a realidade pela ilusão. A partir das ideias do Autor, atualmente tem como exemplo a pandemia da covid, onde a sociedade do espetáculo era para estar sendo suprimida, pois as pessoas estavam em um momento de tristeza global e isolamento social, fora dos grandes palcos, porem aconteceu ao contrário, quando a mídia começa a promover as realidades espetaculares, com shows, lives, etc. trazendo para sociedade uma falsa ideia de conforto e por trás do palco a manipulação midiática com propagandas de vendas de diversos produtos, e turbinando o espetáculo.

   A sociedade espetáculo expandiu a tal ponto que a politica atual é um espetáculo montado altamente performático e manipulador onde tudo vira noticia, espetacular onde pessoas esquecem de suas vidas para viver a vida de notícias ou fakes montadas pelo grande circo de espetáculos que é a política, a violência, a morte, tudo hoje está em processo de espetacularização inclusive a incerteza do futuro espetacular que espera essa sociedade.

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