Sociedade em rede

 

   Na Aula 7 e 8 nos dias 15/07/2021 e 22/07/2021, foram discutidos em aula o tema Sociedade em rede, como conteúdo de estudo foi disponibilizado Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época, artigo do André Lemos, Novas dimensões da política: protocolos e códigos na esfera pública interconectada, artigo do Sérgio Amadeu e quatro vídeos sobre o tema principal. A dinâmica da aula foi dividir a sala em 4 grupos e cada um apresentar um desses vídeos, mostrando a ligação dele com o tema e discordar ou concordar da ideia trazida no vídeo, esse trabalho foi feito na plataforma Jamboard do google, implementada nas aulas pelo Docente Joel, onde já traz a ideia do trabalho em rede compartilhada pois a plataforma é um tipo de lousa virtual onde pessoas trabalham longe fisicamente mais juntas virtualmente.

  Quem foi da década de desenho como os Jetsons vai entender do que foi discutido em sala, esse desenho se tratava de uma família que vivia um futuro imaginado pelo autor da série, uma vida extremamente cibernética, onde existia algumas coisas que pensamos nunca chegar, mas que hoje em dia já nos acompanha como a assistente de voz, robô que limpa a casa, tablets, smartwatchs, chamadas de vídeo entre outros, todos esses itens para a época pareciam impossíveis, mas a onda de cibercultura que começou na década de 70 e só cresceu tomou conta, e nos dias atuais estamos cada vez mais dependentes desses tipos de tecnologias.

   No artigo do Lemos ele descreve a cibercultura como a cultura contemporânea marcada pelas tecnologias digitais, e que ela não é o futuro longe, mas o nosso presente e já estamos vivendo nela. Foi visto no vídeo “cidade dos algoritmos” do André Lemos é uma breve apresentação de novas tecnologias que começam a aparecer em cidades, baseadas no sistema de algoritmos. Apesar de ser uma Utopia para muitos as cidades estão cada vez mais tecnológicas, comandados pelo capitalismo e pelo consumismo, vemos cada vez mais artefatos tecnológicos, aparecendo em nossas vidas como se fossem a solução para problemas políticos e sociais. Porem ao invés disso impactam direta e indiretamente as vidas individual e coletiva das pessoas, gerando incertezas como: até onde isso é seguro? E os nossos dados? A nossa privacidade? O autor mostra esse impacto na sociedade no segundo vídeo “André Lemos discute internet, cibercultura e sociabilidade”, ele analisa os impactos das novas tecnologias na sociedade contemporânea, através da descrição da nova cultura tecnológica a cibercultura, deixando de lado a nossa cultura, como exemplo a troca do livro por telas digitais, com isso o autor chama atenção sobre a dependência dessas tecnologias na vida atual, e o futuro cibernético incerto.

   No 2º vídeo “Uma ideia ousada para substituir os políticos” do César Hidalgo aparece com uma ideia inovadora, a inserção dos algoritmos na democracia, seria basicamente a troca gradual de  políticos corruptos e que não fazem nada e de juízes que passam anos com processos civis e sem resolução, por algoritmos baseados em avatares civis, essa ideia iria acabar com a corrupção agilizar processos, eleições, dentre outros, Esse sistema é interessante teoricamente porem algoritmo também é criado pelo homem corrupto, que teria dados de boa parte da sociedade, pois não alcançaria 100% da população, justamente por conta da desigualdade crescente para o futuro. O mesmo acontece no vídeo “E se substituíssemos os políticos por pessoas escolhidas aleatoriamente?”, algoritmos escolhendo uma pessoa aleatória também não seria a resolução dos problemas já que eliminaria o equilíbrio entre o poder e a oposição e sem oposição não existe o questionamento, além disso quem iria garantir que foi realmente aleatório e não interesse de um grupo de pessoas.

   Esse sistema de algoritmos realmente abre um leque de possibilidades, muitas vezes até parece ser a solução, porem ele gera resultados a partir de um valor de entrada, ou seja, ele aprende com dados gerados por pessoas, analisa, compila e gera dados como representação de realidade, uma realidade dele, pois realidade é tão ampla que não cabe um software ou um hardware responder por ela.

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